sábado, 31 de outubro de 2009

Estresse é a doença da pressa

Falta de tempo é o grande vilão do mundo moderno.

O corre-corre diário, a competitividade no trabalho, o excesso de compromissos e a necessidade de produzir mais em menos tempo criaram a impressão de que o dia ficou curto para tantos afazeres. Embora continue tendo o mesmo número que sempre teve.

O que mudou foi a maneira de entender o tempo, que trouxe a pressa como ritmo da vida.

Cerca de 70% dos brasileiros economicamente ativos sofrem com o estresse mal administrado.

O grande desafio da década é a redução dos altos níveis de tensão, além de lidar de maneira mais eficiente com a quantidade de horas trabalhadas - atualmente são 52 horas por semana, mas deve chegar a 54 nos próximos anos.

Pesquisa realizada pela International Stress Management Association do Brasil (ISMA-BR), associação internacional com sede em 12 países com o objetivo de prevenir e tratar o estresse, revela as consequências de se manter um estilo de vida excessivamente acelerado, distúrbio conhecido nos Estados Unidos por hurry sickness ou doença da pressa.

Foram entrevistados mil profissionais brasileiros (homens e mulheres), com idade variando de 25 a 65 anos, ativos no mercado de trabalho.

A conclusão é de que 30% das pessoas entrevistadas sofriam da doença, sendo que 8% já tinham percebido o problema e diminuíram o ritmo de trabalho e 13% demonstraram grande interesse em "puxar o freio de mão", mas alegaram estar em busca de outras alternativas.

O profissional com a doença da pressa apresenta sintomas físicos, emocionais e comportamentais.

"O ritmo das ocupações que os homens impõem a si mesmos é a principal causa de transformar o tempo em ‘falta' de tempo", afirma a presidente da entidade Ana Maria Rossi.

Para ela, o segredo está em criar estratégias, de maneira a conciliar os âmbitos profissional e pessoal, para preservar a qualidade de vida.

Comprometimento da saúde

Entre os sintomas físicos, os entrevistados alegam dores musculares, cansaço, insônia, azia e hipertensão.

Como consequências emocionais, foram ressaltados o aumento na ansiedade, a angústia, a falta de concentração, a raiva e a falta de memória.

Quanto às mudanças comportamentais, foram apontados o aumento no uso de medicamentos, no consumo de álcool, e no apetite, além de uma redução da libido e maior incidência de acidentes de trânsito.

Ocorre que, na maioria das vezes, logo o organismo se reequilibra sem comprometer a saúde física e mental.

Quando a "resposta" do organismo não consegue manter este equilíbrio, as consequências podem, de maneira geral, gerar um estado de fragilidade que leva às mais diversas doenças.

No entender da médica, o estresse faz parte da vida, mas a sensação de descontrole é sempre prejudicial.

Se algo o incomoda seriamente e a pessoa pensa que não consegue controlá-lo, o melhor a fazer é tentar evitá-lo.

De acordo coma psicóloga clínica Lucia Novaes, algumas sugestões podem ser bastante úteis se a pessoa deseja se prevenir ou tratar a síndrome da pressa.

Primeiramente, é fundamental que a pessoa tenha consciência de que apresenta esse estilo de viver e decida se quer mudar mesmo, buscando identificar seus objetivos de vida.

A partir daí, mostram-se úteis a realização de técnicas de relaxamento diariamente.

Também é necessário que a pessoa comece a compreender seus limites, faça novas amizades, converse sobre assuntos não relacionados ao seu trabalho diariamente.

"Delegar tarefas e investir no seu crescimento pessoal e não só em seu crescimento profissional é um bom caminho", completa a terapeuta.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Boa aparência resulta em salários mais altos

Um novo estudo realizado pela Universidade de Yale (EUA) sugere que a aparência pode contar pontos não apenas na hora de conseguir um emprego, mas também na hora da definição do salário.

De acordo com cientistas americanos, as pessoas mais simpáticas aos olhos dos outros recebem mais, quando comparadas com as menos atraentes.

A pesquisa aconteceu com mais de quatro mil jovens de ambos os sexos e se baseou na aparência e no salário que cada um deles recebia.

Cerca de 7% dos voluntários foram considerados muito mais atraentes do que a média, na opinião dos analistas, enquanto 8% dos participantes estavam abaixo da média.

Foi então que a comparação dos salários mostrou que aqueles menos atraentes recebiam um salário menor do que os jovens que estavam na média ou acima dela.

A diferença média de salário chegou a 10%.

Depois de descobrir a diferença nos salários, os cientistas americanos resolveram medir o QI dos participantes e descobriram que a pequena variação não justificava a diferença salarial, já que os menos atraentes e os mais atraentes apontavam uma variação semelhante.

Mesmo diante dos números, os pesquisadores ainda não conseguem explicar o porquê dessa desigualdade, mas afirmam que os resultados comprovam que a imagem que passamos durante uma simples conversa faz diferença quando o assunto está ligado à carreira.